É usado para cortar, prender e triturar alimentos, preparando-os para serem deglutidos.
Alternativamente, os dentes são utilizados por muitos animais como instrumentos de autodefesa ou de ataque.
Os mamíferos têm dentes diferenciados adaptados a diferentes tipos de alimentação. Além disso, os seus dentes são substituídos de uma forma mais simples, durante as primeiras fases da vida do animal, uma característica denominada
Os dentes cortam, prendem e trituram os alimentos. Em um ser humano adulto, existem 32 dentes, dezesseis em cada arco dental, assim distribuídos:
- Quatro incisivos – localizados na frente, dois do lado esquerdo e dois do lado direito -, que cortam os alimentos;
- Dois caninos – também chamados de “presas”, um de cada lado -, que perfuram os alimentos;
- Quatro pré-molares – dois de cada lado -, que trituram os alimentos;
- Seis molares – três de cada lado -, que também trituram os alimentos; destes, o terceiro ou último molar (o dente do siso) pode nunca vir a nascer.
O dente é, basicamente, formado de três partes:
- Raiz – parte do dente presa aos ossos da face (maxilas e mandíbulas);
- Coroa – a parte branca visível do dente;
- Colo – a parte localizada entre a raiz e a coroa.
Se você pudesse cortar um dente verticalmente ao meio, veria o seguinte:
- Polpa do dente – substância mole e vermelha, formada por tecido conjuntivo; é rica em nervos e vasos sanguíneos;
- Dentina ou “marfim” – substancia dura e sensível; contém sais de cálcio e envolve a polpa do dente;
- Esmalte – formado por sais de cálcio, envolve a dentina na região da coroa; na raiz a dentina é revestida pelo cemento. O esmalte é a substância que faz do dente uma das partes mais duras do nosso corpo. É a parte do corpo com maior grau de mineralização (concentração de sais minerais).
Forma-se assim a primeira dentição ou dentição de “leite”. Ela estará completa em torno dos cinco anos de idade e compreende vinte dentes: oito incisivos, quatro caninos e oito molares. Não há pré-molares.
Mas essa dentição não é permanente. Os dentes permanentes vão se desenvolvendo internamente, na estrutura óssea.
Por volta dos sete anos, os primeiros dentes “de leite” começam a cair, dando lugar aos permanentes. Assim, pouco a pouco, a dentição permanente vai se formando.
Cárie Dental
A atividade fermentativa de micro-organismos, decompondo resíduos alimentares que ficam retidos nos espaços entre os dentes, produz substâncias ácidas. Em contato com o dente essas substâncias provocam corrosão na superfície causando a cárie.
No início da cárie, formam-se brechas microscópicas na superfície do dente, por onde micro-organismos se infiltram e atacam a dentina. Com o tempo, essas brechas dão lugar a cavidades visíveis a olho nu.
Para evitar a cárie dental, é preciso tomar os seguintes cuidados:
- Escovar os dentes todos os dias, logo após as refeições e à noite ao deitar. Os dentes devem ser escovados com movimentos suaves, circulares e verticais da escova
- Passar o fio dental ou fita para retirar os resíduos que ficam entre os dentes e que não foram retirados com a escovação.
- Ir periodicamente ao dentista fazer uma revisão e limpeza mais completa nos dentes, além da aplicação do flúor ou outro tratamento determinado pelo dentista.
Quando tratadas logo de início, as cáries são fáceis de remover.
Nos humanos pode-se dizer que os dentes além da função mastigatória, possuem as funções de estética (muito importante na autoestima) e de auxílio na fonação visto que a pronúncia correta de alguns fonemas depende deles, juntamente com a língua.
A formação dos dentes, desenvolvimento da dentição e crescimento do complexo craniofacial estão interligados, quer durante o período pré-natal, quer pós-natal.
Ao nascer não há normalmente dentes visíveis na boca, mas já se encontram muitos dentes nas diversas fases de desenvolvimento no interior da estrutura óssea das arcadas dentárias.
A calcificação dos dentes de leite começa por volta do quarto mês de gestação; perto do fim do sexto mês todos os dentes de leite já começaram o seu desenvolvimento. Nos primeiros meses aparece a dentição decidual ou de leite e mais tarde a dentição permanente.